Educação e teoria ator-rede: fluxos heterogêneos e conexões híbridas
Autores: Kaio Eduardo de Jesus Oliveira
Cristiane de Magalhães Porto
Vivemos uma era de hibridismos onde as aventuras do humano passam por diversas mutações e acoplamentos. Os corpos se aliam e se fundem com tecnologias de diversas ordens, clássicos dualismos se dissolvem, as metamorfoses se multiplicam e as revoluções científicas e tecnológicas também misturam teorias e metodologias inovadoras e criativas em meio a deslumbramentos e incertezas. Sempre em redes comunicacionais e interativas, vivemos em conectividades, inventamos rotas e nexos em tentativas de conferir sentidos a tudo que acontece e se difunde em fl uxos. As sensibilidades, costumes e mentalidades circulam em subjetividades deslizantes.
Em meio a essas fascinantes discussões, que se instaura a pot.ncia do livro EDUCAÇÃO E TEORIA ATOR-REDE: FLUXOS HETEROGÊNEOS E CONEXÕES HÍBRIDAS, de Kaio Eduardo de Jesus Oliveira e Cristiane de Magalh.es Porto. Pautados na Teoria Ator-Rede, os autores consideram a educa..o e o processo educativo como fen.menos multifacetados formados pelas simbioses e mediações de sujeitos e objetos t.cnicos, de humanose não humanos, compondo uma mesma rede, onde o ensino e a aprendizagem são o foco central.
A Teoria Ator-Rede é uma corrente da pesquisa em teoria social que se originou na área de estudos de ciência, tecnologia e sociedade, na dêcada de 1980, a partir dos estudos de Michel Callon, Bruno Latour, Madelaine Akrich, entre outros. A Teoria trata da mobilidade entre seres e coisas, defende a presença dos não humanos em simbioses intensas e completas com os humanos, propaga que pessoas, animais, coisas, objetos e instituições podem ser atores interativos e interagentes. A Teoria explica que, na cultura contemporânea, os atores não humanos, que podem ser um dispositivo inteligente, como computadores, smartphones, sensores, câmeras, servidores etc, e humanos agem mutuamente, interferem e inflêuenciam o comportamento um do outro, redefi nem as realidades intercambiáveis do que são: sujeitos híbridos. Humanos e não humanos formam redes sociotécnicas.
E aqui não tem hierarquia, mas acoplamentos simbióticos. Os objetos não humanos não são subordinados aos humanos, muito menos uma tropa de escravos a serviço de seus senhores pensantes. S.o atores igualmente inteligentes que estruturam e se misturam com as realidades dos humanos, afetam e são afetados por eles. A sociedade de humanos é substituída por um colectivo de seres humanos e de actantes não humanos que reconfiguram o que todos somos e sonhamos ser.
Autor: Kaio Eduardo de Jesus Oliveira, Cristiane de Magalhães Porto
ISBN: 978-85-7455-417-4
Número da edição: 1
Ano da publicação: 2016
Número de páginas: 139
Idioma: PT-BR
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